segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Engenho Baixa Verde

Vista da moita, de dentro da Casa Grande, no Engenho Baixa Verde


Imponente e bela fachada da Gasa-Grande do Engenho Baixa Verde




Estivemos em visita ao Engenho Baixa Verde em fevereiro de 2006, durante as viagens da minha expedição fotográfica, da qual resultou o livro, Terra da Gente Paraíba. Naquela ocasião, fomos muito bem recebidos pelo amigo Geraldo Spínola Jr, que fez-se cicerone, nos acompanhando e explicando cada aspecto do legendário Baixa Verde. Construído em 1883 pelo Sr. Joaquim Miranda de Melo e sua esposa Nazinha Espínola é um dos mais representativos exemplares do nosso acervo arquitetônico, encontrados na arquitetura colonial rural do Nordeste. A imponente arquitetura, guarda as suas características originais como: Casa-grande; Capela; Casa de hóspedes; Senzala; Barracão; Terraço para secagem e armazenamento do café; Moita, com moenda, casa de fermentação e alambique para destilação de cachaça. As belezas do período colonial ficam evidenciadas em cada detalhe de sua construção com a presença das suas "eiras e beiras" e seus ornamentos que enriquecem as suas fachadas. Vale lembrar, que na época, a arquitetura de qualidade, detinha os citados ornamentos denominados de "eira e beira. A edificação que não tivesse tal detalhe arquitetônico, classificava o seu proprietário, como: "sem eira nem beira". Um "qualquer", na escala de classificação do status social daqueles tempos.O Engenho Baixa Verde tem a preocupação de manter e preservar seu acervo ecológico, uma paisagem natural de extrema riqueza e beleza. São pequenas cachoeiras, rios, pedras, animais silvestres e uma reserva florestal conhecida como Mata do Grilo, que esconde no seu interior a conhecida Pedra da Furna - uma gruta utilizada pelos seus primitivos habitantes, indígenas de antigamente, como abrigo.
Localizado no município de Serraria, numa altitude de 526 metros acima do nível do mar; Distante 140Km de João Pessoa, possui clima ameno, com temperaturas que variam entre 14º e 26º C; e um relevo montanhoso, o que propicia a prática de trilhas ecológicas e esportes.
Uma informação importante: no Baixa Verde, viveu o grande e respeitado artista plástico paraibano, Hermano José.
Concorrendo ao Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte-Minc, com projeto de levantamento iconográfico e documentação fotográfica, pretendo voltar ao Baixa Verde para coletar novas imagens daquele rico patrimônio. Agora, utilizando uma tecnologia digital mais aprimorada e sofisticada, do que a modesta Canon-Rebel que dispunha na época em que lá estive. Desse esforço documental, deverá resultar mais um livro de fotografias. Além de uma mega-exposição fotográfica.

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